A História de Mara
Uma menina sonhava em trocar bonecas por caneta e papel. Completou 11, quando o primeiro poema escreveu; Exaltou o Brasil, paraíso onde nasceu. Bela e vital, aos poucos, cresceu.
Na adolescência, a paixão, o primeiro amor ela conheceu. Todavia, fora também o início das dores que viveu. O sonho a deixou, a ilusão a acolheu E, então, seu coração desfaleceu!
Fragmentada pela vida, abdicou da felicidade, outro sonho seu Para viver a desgraça d’um pesadelo que não escolheu. Das mágoas e ofensas jamais se esqueceu; De rancor, seu coração endureceu.
Precisava do carinho, do amor e da atenção que sua mãe pouco deu; Buscava em homens suprir a carência do que não recebeu. Sofrimento! Foi somente o que ofereceu. Seu ódio logo a enfraqueceu.
Em sua lápide se escreverá: “Dona da vida que nunca mereceu, Amante vitalícia da depressão que enalteceu; À procura do amor, apenas sofreu; Por não encontrá-lo, hoje morreu”…