Troféu Macabro
Desferidas por incontrolável sanha, Duas flechas tripuladas por assassinos Perfuraram, sem dó, as entranhas Do imponente engenho novayorkino!
A medonha e efêmera viagem vertical Das bólides paralelas e brutais Trouxe abaixo o céu colossal, Convertendo-o em cenas infernais.
Eis debaixo dos escombros Preces, gemidos e pavor, Sangue, desespero e assombro, A vida, a morte, o horror…
Jamais se viram cenas tão brutais, Tão tétricas, nefastas e alarmantes, Nem nos terremotos; nem nos vendavais; Nem nas hecatombes; nem no Inferno, de Dante…
No lugar do pó e da fumaça dissipados, Atônito, o mundo via um raro dossel: Os combalidos ianques prostrados E o altivo Bin Laden ostentando um troféu!
Adroaldo Jacques Eid
Mestre