Água e vinho Você recostava a cabeça ao meu peito, Sorria das bobagens que dizia Bebia de meu copo Arrotava alegria
Não media palavras ao dizer o quanto era especial Sentia-se bem ao sentir-se mal Fazia meu dia, cabal
Ríamos dos outros, como quem não faz parte desse mundo Éramos um do outro, como se não houvesse outros Dava ouvidos aos meus sonhos imundos Deu música aos meus ouvidos insossos
Você tomou minha distração e fez dela emoção. Me fez por noites, fazer planos pro futuro Você se deu como quem quer meus filhos Se disse minha estando sozinha
Mas não contente, fez seus dias vazios E assim se perdeu, se esvaiu Nos conduziu ao ponto de partida de qualquer vida vivida Onde a mesmice de sempre acalenta a nostalgia.