No vão do tempo…
Envelheci porque muito vivi E vivo, entre suspiros de alegria Pelos meus vigias, meus descendentes Silentemente amados em segredos e magia
Envelheci e não vi bem como se deu Estava ocupada demais em cuidar Preparar a casa para a festa esperada Festa de ter pronta a face a ser beijada
Chegada que sentida, eu desfruto Que me emociona, sem medo de me conter Sou mais lúcida que na mocidade Essa é a grandeza de ter longa idade
Chegada de quem gerei… ou não Pois sou mãe, sou a poesia sã Rimas sem métricas e sem intenções Só vida, transitando por mil emoções
Suporto e me conformo com partidas Porque também tive meu bom tempo De ir e vir e assim, me fiz quem sou Um tantin de flor, um mar de amor
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