Raposa Albina
Se somavam em doze os filhotes Que tinha o casal de raposas Nascidos iguais, nus, aventurados Todos, sem exceção, muito amados
Se somavam em doze onde cabiam seis Até ganharem experiência de vida E deixarem de ser caça e alimento Para predadores que a fome era tormento
Nos primeiros meses, dependentes eram Viviam vida inocente e pouco farta Mas, os pais, por natureza e amor Jamais deixou faltar aconchego e amor
Eram doze as pequenas raposas Que, num piscar de estrela, cresciam Evoluirão rápidos, espertos, cautelosos E logo veio a maturidade e o ninho deixaram
Aconteceu naturalmente, um após o outro Partiram para viver a sobrevivência aprendida E, quando os pais se viram sós naquele efúgio Tiveram a certeza do fadário findado… cumprido
E caçavam em bando e em bando viviam Atentos, vorazes, alcateia impiedosamente edaz Sofria mais entre eles o que nascera albino E expulso do bando foi, sem clemência ou aviso
Eram agora somente um bando, menos um E a raposa albina sem irmãos, já não caçava Vivia o revés dos excluídos sem compaixão Enfraquecido, feneceu na voracidade de um leão