Vivendo a Loucura…
Saio e sigo só, em caminhos que me levam Por ruas, alamedas e calçadas que se emendam Direções diversas, sem fim, sem necessidades reais Sem saber, percorrendo cada um dos pontos cardeais
Moro na companhia de meus fantasmas e vozes Que me assombram continuo e severamente Arrebatando o restado são de minha sanidade Vago sem rumo ou querência, insone pela cidade
Quando me visita a lucidez, rabiscos que me tornei Machuca-me na alma o abandono e a vergonha Dita e explícita nos olhos dos muitos que amei E silente, pranteio por dentro, sofro e choro
O acalanto e esperança que reside no eu Mesmo limitado pela deficiência que me pune Amordaça em tirania e emudece o expressar da dor Escancarando minhas vitrines, vazias de amor