Naeno Rocha: AO OCASO À AURORA Num abstrato sol que…

AO OCASO À AURORA

Num abstrato sol que eu estranho Reside a luz que emana de ti E que me absorto por jatos de cores Na temperatura dos teus olhos Que se deslumbram. Os homens preferem as noites densas Por sobre a lua E elas não são deles Nem queima Nem se origina de uma força eletromotriz A luz avermelhada do sol Destaca o fogo das caatingas O maldizer de quem se amedronta e conta as horas Face da lua toda branca e reticente Em fases se distrai e passa Do horizonte dividido em pedaços de estrada. O sol tem uma estação na mesma posição E como a velha locomotiva Não se cansa e precisa de mais gravetos E quem lhe alimente em sua fome voraz. A lua renasce em partes por vezes se arremete À terra por discos voadores. E nós voamos também além horizontes No dia pela amarelidão da luz À noite pelo foco brando do luar.

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