Naeno Rocha: GOTEIRA Da telha canelura Pingo a pingo…

GOTEIRA

Da telha canelura Pingo a pingo de barulho E pela irregularidade da chuva Gotas caem, tonel se entope Ninguém comporta as águas dentro de si O que sobra pinga e respinga Que assim lava o chão Até o dia que se espera. O vento manso não trisca a telha sobrecéu Para que entre maravilhosamente E resfrie toda minha gente Confusa o canto da procela. O solo que há chuva Já por entrada, finca bebedeira Que não correrão nem subirão. Toda temporada é pega de surpresa E não há motivos Para que as flores contem Do tempo o que lhe faz abrolhar. De toda paciência, salve a clemência Que Deus nos mostra Quanto ao vento que a chuva chamega E lhe leve aonde se mais necessitar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *