SEQUENCIAL
Por haver já passado o ontem E já o veio com um presente Nada de nada quero trazer ou lembrar Porque o inexpressível que se chama Da onda de vento que varreu, bem apagou Os pontos que formavam outra vida De uma seqüência de dias e do próprio ainda Quando andávamos brincando com o começo. Está lá na extremidade acima O desatino de nossa sorte Que não fizemos ou construímos De forma errada, nos era cobrado A que fizéssemos certo. E está lá no fim de baixo O emaranhado de estopa E a marca de muitas mãos Circundadas por outros gestos A forma de consultar o mundo. Tudo apenas começou e já somos errantes No caminho do centro Longe do que poderíamos Aprender com as formigas Atrevendo-nos qualquer direção Com os alinhavos nas mãos E um nó de ponto cozendo nossos pés também.