Sempre fui contra ao termo “perfeição”, então diria que imagino meus dias sendo totalmente agradáveis. Morar em um apartamento não tão grande na Av. Paulista, pegar o metrô e me direcionar a Sé. Tomar meu café forte e comer meus pães de queijo na lanchonete da esquina e seguir rua abaixo rumo ao meu curso. Passar grande tempo estudando a arte da fotografia e capturando os detalhes rua à fora. Voltar pra casa, tomar um bom banho quente e sair do banheiro dançando ao som de Cascadura. Assistir alguns filmes com o namorado ou decorar a parede do apartamento novo com alguns lps e jornais velhos. Ir até a sacada e apreciar a imensidão de prédios e respirar o ar poluído da grande São Paulo. À noite, ir a faculdade ou senão um cineminha. Aos sábados? Passaria a tarde toda jogando bilhar junto à uma boa companhia, e de noite iria à alguma balada ou show só pra dar uma animada. Depois, amigos acampando na minha sala. Os domingos seriam dedicados à decoração e arrumação da casa, e de tarde, ao verde do parque Ibirapuera. À noite, um tempo só pra mim naquela solidão agradável de começo de noite, andando de bobbies, roupão e pantufas pela casa. Depois eu dormiria pra se preparar para a agitação agradável da semana e o estresse típico de segunda-feira. E então, depois de sair daquela fila de banco, olhar o pôr-do-sol em meio àquele congestionamento. E repetir a mim mesma o quanto eu sou feliz, por ter essa vida assim. Do jeitinho que eu sempre quis.