Luzes da ribalta
Sonhos sonhados de olho abertos Por notívagos olhos Que teimam em não se fecharem Por momento algum
Maltratam suas sinapses Confundem pensamentos Se perdem na realidade Vagam pela insanidade
A pergunta que não quer calar Grita e destrói neurônios Na tempestade já enfraquecida Pelo vento cerebral
No oceano revolto Do côncavo ocular A tsunami teima em desaguar Na face encarnecida
O alento sopra feito brisa encarnada Nos despautérios de um menino Que teima em fazer sorrir Quem nada mais pode esperar
Fatal pra morte é a vida Que insiste em ser vivida Quando as luzes da ribalta Já se apagaram…