DOIS SERES ESTRANHOS E UMA JOVEM
Na avenida escura Uma jovem seguia só. Olhando ao seu redor, Viu, voando e cuspindo fogo, Um homem com boca de lobo E corpo de labrador.
Não soube o que fazer: Fugir, gritar, lutar. Ele viera o seu corpo assar. As garras de suas mãos, Afiadas e pontiagudas, Queimavam feito brasas de carvão.
De repente, num relance, Outro estranho ser aparece E o seu pavor mais aquece! Um embate! Que surpresa! O estranho feito de gelo Esfria as garras quentes das labaredas.
Que felicidade! Que alegria! Acabou-se a confusão Com a jovem ainda no chão. E aquele ser todo gelado, Tendo ficado enamorado, Derreteu e desceu pelo ralo.
Que lugar mal-assombrado!