Mundo Obscuro
Tarde da noite não lhe vejo E me perco em sonhos, Estranhos, pequenos e medonhos… Sem forças suo e arquejo… Estou aqui então Entre gigantes paradisíacos, Anjos tortos e paralíticos Está o meu coração… O céu turvo nas águas De um rio de lágrimas, Lágrimas de puras e impuras mágoas Onde navegam os fantasmas dessas rimas… Cresço entre em doces frutos Corroendo a essência mistica de outra vida, Paro nas estradas; são dias e noites perdidas Tarde não lhe vejo E o desespero toma cores… Espelhos refletem tudo em todo Meu desejo… E , o rubro das orquídias; Flores cortadas de seus dedos Perfumam o ar de minhas iluções… Quantas em quantas estações Verei meus doidos segredos Espalhados no chão.