A gente não escolhe amar. Talvez, amar o mar seria mais fácil. Mas a gente ama a pessoa.
E depois de tentar desamar, a gente se encolhe. Viaja sozinha como num retiro espiritual e se recolhe. O desamor não acontece.
A gente acha que esquece. Mas o verdadeiro amor se entristece. Até a alma padece.
Passamos a não escolher. Passamos pela vida e a deixamos ali. Levamo-nos ao vento. Tantas queixas e só lamento.
Mais sofrido que amar, a tentativa de desamar é desarmar o coração. Um novo ladrão tanta entrar. E, no final, quem irá no salvar? Aquele, por quem a gente queria desamar.