A vizinha
Na minha quietude me perco no andar de cima Na portaria passa todo dia a bela De cabelos pretos subiu muitas vezes Em cima de mim vive a bela.
A noite desce alegre, perfumada, Passa sorrindo, como é linda! A vizinha do andar de cima é proibida Se está acompanhada o olhar é disfarçado.
Eu queria topá-la em noite escura no corredor Para protegê-la na noite do medo Envolvida nos meus desejos, que prazer!
Vi ela com ele, quem nunca imaginei existir O sangue fervente salta das veias, meu Deus! Estive com ela! Que sonho bom! (Nelson Locatelli, escritor)