EM CASO DE SAUDADE, QUEBRE O SILÊNCIO!!!
Sábado, quando caminhávamos pela paia, antes mesmo de me despedir eu já estava sentindo falta de tudo aquilo que ainda nem tinha acabado. Ainda mais eu que, entre tantos sentimentos e euforias, tive que aprender a lidar com a saudade, mas ainda não me acostumei com ela. E nem quero! Hoje os meus melhores momentos e fotografias são castelos de Lego construídos com as nossas lembranças.
De peito aberto o deixo saber que estou triste pela distância que nos impede de dormirmos juntos hoje à noite. Acontece que eu não tenho habilidade para omitir sentimentos. É bonito e sincero quando os dois deixam claro que o verão é mais gostoso quando se tem companhia. Tenho o coração honesto o suficiente para admitir que eu estou sentindo falta ?pra caralho?!
É difícil ir embora quando eu sei que passarei um longo período sem cafuné até pegar no sono. É difícil ir embora quando eu sei que ele tem asas, mas é João-de-barro que precisa voltar para o ninho por ter uma parceira a sua espera. É difícil ir embora quando sei que ele arrancou de mim sentimentos que Shakespeare levaria décadas para tentar descrever. É difícil ir embora! Mas ainda é preciso, ainda é necessário, é a parte desencontrada dos nossos caminhos. Ainda! Por enquanto!
Então, seja o que for, mas que seja recíproco. É o equilíbrio da gangorra da vida. É não sentirmos sozinhos nem o amor, nem a saudade. Que na solidão da distância, a gente se lembre de como dentro de um abraço é quente. Que no calor da proximidade, nosso beijo mate a sede da alma e retire toda a poeira do coração. Que eu saiba sentir todos esses sentimentos infernais e paradisíacos; e que eu não deixe de amar a saudade que tem me servido de companhia, pois ela é o que nos aproxima espiritualmente na falta de presença física. Que seja sempre correspondido, seja no adeus ou no pedido de casamento.