Vislumbram-me olhos que confundem e desnorteiam os fracos; Vislumbram-me olhos estranhos que eu conheço; Vislumbram-me estranhos olhos que me assustam e fascinam; Vislumbram-me olhos que deslumbram minh’alma e entorpecem minha cândida loucura; Vislumbram-me olhos que cegam-me mente, logica e razão; Vislumbram-me olhos que dizem num sussurrado e retumbante clamor: “O pecado não seria proibido, se tao somente não fosse ele o pecado” Vislumbram-me doces e ingênuos olhos que teriam tudo para aprender, se tão somente já não lhes faltasse o rubor da inocência e do pudor. Vislumbram-me, enfim, olhos de pecado.