DESDÉM
Já não espero mais pelos carinhos E muito menos peço por amor Já percebo, nas flores, mais espinhos E vejo sombra onde foi esplendor
Tudo o que peço agora é atenção Um “bom dia”, um “boa noite”, um “tudo ok” Presença que me extirpe a solidão Uma resposta, um gesto ou um “não sei”…
Prefiro um rude não ao cruel desdém Quando só peço um doce querer bem Rogo atenção e espero, paciente
Mas eis que essa alma, fria como um gelo, Ignora e menospreza o meu apelo Nem se cala, nem nega e nem consente!