SAUDADE
Saudade, é só você que me acompanha Persegue, alcança e fica e me atormenta Parece ardil, ou sutil artimanha Chegar febril, permanecer cruenta
Saudade, a dor que queima na memória Impinge ardor, aflige e ensandece Maltrata e açoita como palmatória Golpe após golpe, o peito em pranto e prece
Saudade, o corpo sente e a alma chora Cheia de ausência, plena de vazio Tormenta que transborda até o mar
Saudade inunde o tempo, afogue o agora Pois tudo passa, um dia vem o estio E então você também irá passar!
Oldney Lopes ©