Olinda Beja: Por ti espero naquela roça grande no…

Por ti espero naquela roça grande no perfume do izaquente no sopro do vento irrequieto no riso da montanha misteriosa.

Por ti espero junto ao secador que meu avô ajudou a construir e o cheiro do cacau invade o corpo que acalenta a esperança de rever-te.

Espero sentada no caminho que vai até à Grota e serpenteio a estrada de Belém onde as fruteiras espreitam o sol e o vianteiro.

Por ti espero na calma do poente entre a ânsia e o amor que me consome.

A tarde vai caindo e nostalgicamente arrastando o meu dilúvio de ternura.

Por ti espero ainda no breu da noite imensa na raiva que a paixão derrama e sangra e é o tam-tam da madrugada que me obriga a apagar da memória a tua imagem

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