Paula Monteiro: Ainda sou aquele vendaval que por aqui…

Ainda sou aquele vendaval que por aqui passou deixando marcas profundas e incontáveis lamentos .

Ainda sou aquela asa que no tempo se quebrou Aquele pássaro que na dor da vida se desalinhou Aquela ventania que na saudade ardente in meu peito ainda não acordou.

Ainda sou aquele mar de lágrimas que nunca partiu Aquele brio de amor que de brisa não me vestiu Aquele lamento que acendeu dentro de mim um imenso vazio .

Ainda sou aquele coração que ancorou sua vela no mesmo lugar O mesmo cais estreito que só pensa naquele olhar repousar O mesmo barco que não quis mais n’outro mar de amor velejar .

Mas inda bem que há tempo …Acordei ! Remei contra a ferida pus me a encontrar a saída .

Agora ando fazendo como o vai e vem do mar Deixando apenas o vento me levar .

E se vier tempestade … Ah! …. Eu espero ! Porque que sei que logo mais a calmaria há de chegar.

Hoje apenas Vivo E o que tiver de ser … Sei que Será .

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