Paulette Virgínio: Alma Em Voo É o cúmulo da insensatez A…

Alma Em Voo

É o cúmulo da insensatez A demência das escrituras Tal qual uma ninhada de cães Numa noite de vigília O mundo anda cambaleante Com suas torrentes esgotadas. Eu sou um raio de luz O real e o irreal Massa voraz Repleta de sofismas mágicos Sou uma engenhosa metáfora Nas gavetas do meu cérebro Os dias são trêmulos Como novas paixões Ou como um teatro ácido Ou as ruínas das Civilizações. Os elétrons fogem Com o vento furioso Estou plena de seiva Povoada por claras estrelas Que agem tal audazes estupefacientes A magia da linguagem Se faz tão antiga Como as trevas milenares Desejo a música Antes de qualquer coisa Desafio às estrelas Com seus jatos violentos Em ondas cósmicas Os negros fantasmas Reproduzem as moléculas A tarefa sagrada E o vento crispado Me faz pensar Que a ação não é a vida A revolução dos meios A suprema simplicidade Virá com a marcha dos tempos.

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