HUMANO AMOR
Do amor que te falo Não é o infinito e sim Esse que descuidado Desmancha-se num grito Desmesurado de dor
Não é o divino por não ser absoluto Mas sim humano pois caso desvela Gera desengano onde não caiba estar
Nem abstrato nem concreto Por não ser secreto entre a gente E estar ocluso por fina camada de cera
Esse feito de retalhos de pano Que o tempo acostuma com a costura E se não se atenta nem ciúma Termina quando maltrata incontido ao passar
Do amor que te acho incomoda Exige que provemos do amargo e o azedo faça acordar Por não haver medo no amor Mas que intimide e renasce e reacende Pela simples cisma de se vir deixar de amar