Setembro.
Quando se perde a natureza do ser Os olhos não vêm mais beleza E toda poesia se veste feita uma valsa triste
E não a ar que nos abrigue em um mundo de solidão,
A tanto tempo eu procuro E são tantas noites sem dormir
O que estávamos procurando está fora de casa . O que tanto aguardamos não volta com suas asas.
Perseguidos pelo mundo Escondendo o rosto e coragem Um caminho longo Na vida curta Só mais uma estrada triste Um dia cinza outra alma sem par
E medo me persegue nas noites pesadelos Durante o dia tormento e desespero Não sou tão forte, quanto antes. Quando criança sentia mês pés firmes no chão, hoje já não sei andar descalço. Hoje já não sinto a terra. Estou preso nessa selva sem ar.
E o amor hoje voa longe, gostaria de velo outra vez bater suas asas em direção mim, sei que hoje ela vive em outro Jardim.
Eu vejo a vida passar, E o tempo me maltrata, me tirando as folhas sinto meu tronco rachando, assim como meu peito. Sou uma árvore presta a estimação.
Sou o fruto jogado no chão.
Sou o passado, mais não vejo futuro nessa escuridão. Todo amor que um dia conheci, hoje é somente cinza poluindo meu coração…
PauloRockCesar