ENFADA DANÇA
Oh, meu melancólico sofrimento Por que no silêncio recomeças Ritmando o árduo sentimento Numa agitada dança, as pressas
Eu vago sozinho pelo lamento Na solidão, que queres?… Peças! No dia, na noite, és só firmamento Assim, sem que nada te impeças
Tu danças ao amuo do vento Ao relento, trazendo o medo E o pranto. Oh doce fomento
Um enredo… sou desesperança Vago só e errante neste lajedo E tu me leva nesta enfada dança
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado