TESTEMUNHO
Vida! Caminho deserto onde ando; Agreste de sentimento amargo… Vales e ondas, inútil, vai vagando, Aos pés de mim o amor que trago!
Existência! Não sei eu até quando… Advirá em águas o grande lago; Baldadas lágrimas, rio dum afago; Estrada infinita que vou rogando…
Balbucio demência, já a tanta dor… Voz oculta em meio à sombra fria, Já não me vale o temor dum grito.
Brado que não mais ouve o amor Sob as rochas quietas à luz do dia, Dentre à luz do sol, que já é mito!