Poeta mineiro do cerrado – Luciano Spagnol: À SOLIDÃO (soneto) Oh! jornada de…

À SOLIDÃO (soneto)

Oh! jornada de inação. O silêncio em arruaça Arde as mãos, o coração, aperreado arrepia O olhar, tremulo e ansioso, tão calado espia O tempo, no tempo, lento, que ali não passa

No cerrado ressequido, emurchecido é o dia E vê fugir, a noite ribanceira abaixo, devassa E só, abafadiço, o isolamento estardalhaça No peito aflito de uma emoção áspera e fria

Pobre! Se põe a sofrer, nesta tua má sorte No indizível horror de um sentimento vão Quando silenciosa e solitária é a morte…

Bem à tua paz! Bem ao teu ?às? sossego! Melhor na quietude, ao espírito elevação. Se na solidão, viva! E saia deste apego!…

© Luciano Spagnol poeta do cerrado 2018, 11 de 2018 Cerrado goiano Olavobilaquiando

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