A VOZ DA POESIA (soneto)
Em uma imaginação onusta e calada Refúgio ignoto e sacro da inspiração A ampla magia da ilusão em sedução Sangra o verbo de uma agrura velada
E quando a privação se faz desvairada Se embebe às vezes de total solidão Dela rompe uma voz, arcana, um tufão Que murmura quimeras entrecortada
É a voz da poesia, que, assim falando Na audição da criação em manuscritos Narra as histórias dos distintos causos
E traz com eles, atuardas e infando Amores sumidos, sucedidos aflitos Vendavais de sensações e ausos…
© Luciano Spagnol poeta do cerrado 2019, 05 de fevereiro Cerrado goiano Olavobilaquiando