ALVORECER DO CERRADO GOIANO (soneto)
Alvorece de nuvens o céu do cerrado Numa alvacento tal penugem a nublar O Sol tão luminoso no adeus ao luar Radiante, pro dia assim ser anunciado
Ouve-se o vento que se põe a soprar Os buritis revoltos no charco estacado Tal magos, num feitiço tão encantado Despertando toda a passarada no ar
Num novo acordar, horizonte alumiado Surge a vida com a sua harpa a tocar Em um tom de um devaneio prateado
Sobre a indomável vastidão a avivar Sucupiras e jatobás no chão tão árido O Goiás se abre em um sedutor raiar
© Luciano Spagnol poeta do cerrado Agosto de 2017 Cerrado goiano