CONFISSÃO
Perdoa, pelos tantos erros perpetrado Pela omissão que em mim acaso calei A confissão que na falta não confessei Num tal medo do ser réu no ser culpado
Perdão, se dos enganos eu pouco falei Quando o silêncio tinha de ser quebrado E a confidência na confiança ter selado Mas, na insegurança a coragem hesitei
Na utopia do outro que era equivocado Levei a ilusão de que ser manhoso é rei E que num novo dia novo renascia o fado
Se, cedo ou tarde, confesso que errei Às tantas palavras, se foram desagrado Perdoa, a nímia mácula que eu causei
Luciano Spagnol Julho, final, 2016 Cerrado goiano