DUETO (soneto)
A minha tristura é uma gargalhada A saudade um suspiro. Ela chorava Na solidão onde eu me encontrava Me deixando além d’alma estacada
Os sonhos pouco ou nada resvalava Pelo olhar. Não tinha a asa dourada A saudade ria com a tristura chegada Sob a cruel melancolia que matava
Do sorriso a saudade fez morada Sequer de um pranto ela alegrava Tinha tristura na sinfonia cantada
No dueto: saudade e tristura, aldrava O coração no peito, da aflição criada. Então, atrozes, alívio na poesia forjava…
Luciano Spagnol Poeta do cerrado Janeiro de 2017 Cerrado goiano