MATER (soneto)
Como quisesse voltar a poder outrora Aos tratos maternais, carinhos tais, Suspensos, e eu sentado no cais, Da desdita, vendo a saudade a fora.
Abriu as asas e partiu pra jamais Reaver. Longe céus, perto agora, A dor na recordação então chora, Chora e chora, muito, mais e mais.
E logo, o pesar então poeta aturdido, A condolência saudosa de carinho, Ímpar, mãe, eterna doce habitação.
E por um largo espaço andei perdido, No capricho de ter de novo o ninho, Ver-te, e tomar-te a divinal benção!
© Luciano Spagnol poeta do cerrado 2018, agosto Cerrado goiano Olavobilaquiando