SONETO EM PRECE
Chia o dia na vida afora o muro Num barulho no seu vai e vem Tinindo o relógio o som também Num soar seco e deveras duro
Passa a hora e no tempo refém As saudades, realidade e futuro E nesta velocidade fico inseguro Aí eu me agarro no que se tem
Parto em busca do que procuro Nada sei e não é nenhum desdém Pois, como cego trilho no escuro
E nesta de cair, levantar, ir além Vou com fé e prece, então, aventuro Assim, quem sabe, diga: Amém!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano