SONETO PERDIDO
Eis-me aqui no silêncio do cerrado Longe de mim mesmo, na dúvida Extraviado na incerteza da partida Sem amparo, com o olhar calado
A solidão me assiste, tão doída Pouco me ouve, pouco civilizado Tão tumultuado, vazio, nublado São rostos sem nenhuma torcida
Dá-me clareza de que não existo Numa transparência de ser misto No amor e dor no mesmo coração
Como um roteiro no imprevisto Sem saber como se livrar disto Velo por aqui sentado no chão…
© Luciano Spagnol Poeta do cerrado 2017, junho Cerrado goiano