Percebo meu tempo escorrendo diluído no pó O relógio literalmente é minha janela posso vê a luz negra me chamar… mas me escondo na luz artificial Sem querê te deixei ir Alimentava do seu amor como uma esponja suga a água e rejeita as bolhas Mas a areia que eu construía nossos sonhos nevou em brasas e as cinzas são meus dias agora Vendi-me pelo prazer sobre a luz fraca minhas mãos tateavam mas não te encontrava nas quelas frases frias O amor em outra voz me devorava molhado na seiva doida exaustão adormecia em silencio Os cuidados de alguém disposto me ouvir mas a tangente agora era minha, o som na velocidade dos ecos do meus próprios passos me arrependia Compelido a retornar me se os seus olhos ainda forem ausentes