Sangrado o sol apunhalado pela noite em agonia plácida. A escuridão brota vísceras solidão Os vidros turvos embaçado peça minha respiração Respiro uma balada fúnebre para minha morte Estirado sobre o leito, em que jaz meu corpo, adormecido O vento, aríete implacável, que arrasa os sonhos O tempo que leva a vida dos incautos adormecidos Arrasta rápida pelas dosadas da ampulheta agonia Areia fina, de oníricos castelos desmanchados e esquecidos por ti A nostalgia enterramos no peito rígido dolorosa a lembrança O esquecer é afundar em turbulento mar frígido. A corrente leva o turvo e profundo fim Como a areia que o vento leva, a vida passa veloz Sem ar, sem voz, adormecida jaz, sob véu as asas de um albatroz.
By Charlanes Oliviera Sartos