Existia a solidão de um destempero da saudade Como nas molduras da catedral, era aplainado toda sua confusão mental Ficou muito tempo ao ermo largado que nem lembrava mais como era ter alguém Sua cabeça explodia em seus entendimentos, de como agir no seu interior O vazio os dominava nós dias de domingo entre o nada ou ter tudo que queria Parecia fácil essa escolha, mais no fundo sabia que por mais que queria não era sua vida Um derrotismo ao quadrado dominava seu coração Entre a cruz e a espada deveria seguir a glória ou o sofrimento Sua escolha não foi fácil para ele não, um sim ou não o mudaria sua sentença Entre dois caminhos a sempre duas medidas, a descida ou subida a volta ou ida A complexidade de ideias se misturavam com o que já havia passado O vazio nunca poderia se torna uma opção, a morte seria até anestésico nessa ocasião Mas as vidraças do seu coração foram estilhaçadas, o mundo aos poucos fugindo no normal e voltando a realidade Pediu as estrelas orou e ignorou a fome por escolhas em sua mente confusa e peito atordoado Que a história sirva de lição para os que viram, nem tudo deu certo precisava de um abraço Azoado destruído emocionalmente, a depressão o dominava é a cada dia estava sendo engolindo Há saída praticada, abandone seu estado de automação como um ninja pelas sombras espancar seu desterro Nesse momento o melhor e conseguir sair vivo, o ritmo mundano exige demais para aqueles que não foram feitos para ele Venceu o que não se via, como uma máquina digeriu o gosto amargo da misericórdia dos homens Desonrado pela solidão passou seus dias, mais um dia a chuva acaba e se a letargia não ti levar Pode ter certeza um dia as nuvens irão abrir é o céu vai clarear.