Se de toda a vida sinto falta O mundo me preenche e tento me conter diante dos carnavais sonhados Embora tente não consigo Pois se vejo em sonhos amor e no mundo dor O que devo escolher?! Não sou dotado de existência Observo os detalhes do momento Mas tudo que vejo vem dos outros ao meu redor Nada existe além de mim, nada flui para fora de mim Tudo por medo dos dias embaraçosos depois do hoje Como uma ressaca não experimentada Agora e para sempre desejo existir para fora de mim Se antes tinha receio de sorrir Agora vôo alto em cada alegria Sou filho dos séculos passados Sou irmão de Raul e nasci para ser mudança Não desistirei de nada que é meu No entanto não me considero dono de nada além de meu poema vivido Posso ser dono de tudo que quiser Agora lá fora além das palavras existe algo meu Parte de mim acaba aqui Porém o belo é saber que alguma parte permanece imortal.