Eu
Eu nunca guardei flores Embora fosse como se as guardasse Minha vida flutua como as asas Voa no céu e na imaginação E anda no coração das estações para observar e para amar
Apenas o sentimento do coração tem brilho e tenta comunicar-se com qualquer cor
Embora ela sinta vida… como um pôr-do-sol, que é sua existência, sempre esfria ao lado da planície
e me diz, como se fosse um sol quente,
Que o meu mar é uma janela.
(Inspirado, sem saber, em “O Guardador de Rebanhos” – Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)