Diante do entretanto, Espreito as formas. Estampada sob sentido, Percebida da não salvação. Mais aflige que esmorece, Afugenta e tudo é vivo. Na rotineira selvageria, Isento de predicado. Onde sempre comparado, Doravante, derribado. Insuperável condição a existência, Nessa escassez de pormenores. De ignorante espírito espontâneo Infindável iniquidades sem nomes. Movendo, sedento, Desentendido de quê? De fato, guarnecem, Lacunas do existir. Diante do entretanto, As pupilas são porta d´alma. Não há luz noutro recanto, Cotidiano, espanto. A mover-se pelo pranto, Descompasso o coração. Desventura no caminho, De um filho sem irmão.
Diante do entretanto, Diante…, A vida passa sem mágoas, Diante dos próprios olhos.