Raimundo Correia: A Cavalgada A lua banha a solitária…

A Cavalgada

A lua banha a solitária estrada… Silêncio!… Mas além, confuso e brando, O som longínquo vem-se aproximando Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da caçada; Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando. E as trompas a soar vão agitando O remanso da noite embalsamada…

E o bosque estala, move-se, estremece… Da cavalgada o estrépito que aumenta Perde-se após no centro da montanha…

E o silêncio outra vez soturno desce… E límpida, sem mácula, alvacenta, A lua a estrada solitária banha?

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