O torso arcaico de Apolo
Não conhecemos sua cabeça inaudita Onde as pupilas amadureciam. Mas Seu torso brilha ainda como um candelabro No qual o seu olhar, sobre si mesmo voltado
Detém-se e brilha. Do contrário não poderia Seu mamilo cegar-te e nem à leve curva Dos rins poderia chegar um sorriso Até aquele centro, donde o sexo pendia.
De outro modo erger-se-ia esta pedra breve e mutilada Sob a queda translúcida dos ombros. E não tremeria assim, como pele selvagem.
E nem explodiria para além de todas as fronteiras Tal como uma estrela. Pois nela não há lugar Que não te mire: precisas mudar de vida.