Ramon D. Souza: Tribunal do outono Não sou frio, nem…

Tribunal do outono

Não sou frio, nem quente. Sou um meio termo, uma sensação. Não sou exato, não sou gente. Sou o júri que não escuta a emoção.

Sou justo, mas posso me alterar. Quem me dera saber dos fatos Assim poderia julgar sem pensar. Sou o juiz que ouve os mais calados.

Sou a chama alaranjada Que toca às árvores com a minha vontade O servo da justiça com a mente afiada.

A sentença em uma única estação, O vento que assopra a verdade Sou o outono de um tribunal sem coração.

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