Tribunal do outono
Não sou frio, nem quente. Sou um meio termo, uma sensação. Não sou exato, não sou gente. Sou o júri que não escuta a emoção.
Sou justo, mas posso me alterar. Quem me dera saber dos fatos Assim poderia julgar sem pensar. Sou o juiz que ouve os mais calados.
Sou a chama alaranjada Que toca às árvores com a minha vontade O servo da justiça com a mente afiada.
A sentença em uma única estação, O vento que assopra a verdade Sou o outono de um tribunal sem coração.