Sapato velho!
Encostado em um canto, Sozinho e abandonado, O sapato por enquanto, Só vivia aprisionado.
Ele não era mais um par, Por que o outro um dia, Decidiu se mandar.
Lamentava noite e dia, A ausência de uma companhia, Chorava pelo cadarço fino, Esperando tristemente o seu destino.
Até que para sua surpresa, Sua caixa foi colocada sobre a mesa, Então calou seu choro em uma toalha; Depois que avistou uma linda sandália.
Tão linda e tão diferente, Tão perdida e tão inocente, Que decidiu se aproximar, “Olá, tudo bem? Poderia me amarrar?”
O tempo passou; O sapato se apaixonou; E amarrado ele ficou.
Improvável? Sim, Impossível? Não, Pois, importante mesmo, É o que sente o coração.
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