Mar Rendado
Veneno… Eu não passo disso para suas veias. Eu corrompo tudo o que você pensa e sente. Como um vício, que é capaz até de substituir outro, pode ser algo bom ou saudável?
Num futuro distante, numa praia com ondas de espuma branca, como o vestido que espero usar para um propósito eterno, eu me imagino ao seu lado com ambos aceitando o futuro até que a morte nos separe.
Porém, eu não consigo imaginar o meio disso. Eu não consigo ver entre o hoje e o infinito. Será que é pela distancia absurda… …ou pelos caminhos tortuosos?
…ou pelo medo de pensar que meu amor pode não ser suficiente para te provar que: por mais que este veneno, que aqui te escreve, sem saber exatamente que palavras usar…
…que apenas por um impulso, promovido por este vazio e por esta saudade doentia, resolve tentar palavrear tudo o que sente, através deste poema que, assim como eu, não tem ritmo, rima, forma, conteúdo ou perfeição.
Provar que, como você, meus defeitos e irregularidades e, principalmente, inconstâncias são apenas parte de mim.
E que você é o ar que eu respiro… a metade da minha laranja… meu cliche preferido. E espero que seja até o infinito e além…
Ou, pelo menos, até que digamos “sim”… … ao som de ondas com rendas brancas.
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