Reginaldo Poeta Gomes – fev 2009: O ESTRANHO INVERNO DE CLOTILDE Desde…

O ESTRANHO INVERNO DE CLOTILDE

Desde menina, Clotilde temia temperaturas baixas.

Ao pisar no chão gelado, Sua boca estranhamente Era tomada por um gosto de limão.

Anos e anos Clotilde guardava esse segredo, Entrava primavera e saía primavera Sem sentir a delicadeza do chão.

Dia desses fiquei sabendo Que diante de um frio 4° graus, Clotilde tirou os sapatos, as meias Desafiou a temperatura do solo, Esquentou o coração.

– sentiu um leve gosto de limonada nos lábios –

Com um largo sorriso nos pés, saiu descalça Passeando pela cidade, Irradiando euforia e paixão.

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