Regis L. Meireles: RASCUNHOS DAS COISAS QUE NÃO VOLTAM Se…

RASCUNHOS DAS COISAS QUE NÃO VOLTAM

Se eu pudesse faria rascunho da trajetória do vento; Das mil e uma gotas das chuvas; Das águas que passam na roda de um moinho; Das tempestades repentinas, dos sons e dos medos!

Das oportunidades perdidas, depois choradas; Da flecha lançada a longa distância que foi perdida; Da pluma lançada ao vento que se perdeu de vista; E das palavras de bênçãos dos pais nas despedidas!

Se eu pudesse faria rascunho do primeiro choro nos nas-cimentos; Das primeiras e últimas lágrimas das pessoas amadas; Dos primeiros e últimos abraços dos entes queridos; Das primeiras e últimas palavras de um grande amigo E do primeiro e o último dia de vida de cada bom ser humano!

É uma pena não pode fazer rascunhos das coisas que passam e que jamais voltam. Sem os rascunhos, fico com as lágrimas de saudades!

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