Normalidade da vida da gente faz da gente prisioneiro do cotidiano e do cotidiano se faz tédio o tédio que estraga a vontade encerra os olhos cala a língua Normalidade que afeta o paladar inodora o cheiro…. emudece palavras Normalidade que sofre quer se rasgar as roupas desnudar pensamentos e inibi-se a alma fecha-se janelas e do outro lado continua-se andando continua-se falando erra-se no seguinte da vontade a ação encerra fecha as portas da normalidade onde sente-se só desamparo em meio as vírgulas em meio aos pontos finais a ação é o próprio desfecho nos pontos finais do dia a dia
Renata Nunes