Neste sonho, depois da chuva de primavera, a cortina de pérolas desce do céu, resvala a relva ruiva da inspiração do encontro: pérolas de orvalho irrigam a palma nua dos meus pés.
Há um outro lado da cortina como a página de um livro? ? eu penso. Oh! ela se esvai com o sol relógio das estações.
Mãos de seda dobram o tecido, zelosas das gotas de orvalho, e o recolocam no útero da árvore.
Um homem vem puxando uma carroça de junco cheia de pétalas rosa chá e passa sem deixar nem mesmo o perfume da sua presença.
Em minhas mãos vazias um punhado de sementes pequenos pássaros sonolentos.