Chove muito. O vento forte bate as janelas. Olho a tempestade lá fora antes de fecha-las. Talvez eu deva gritar seu nome. Talvez o vento ouça a urgência na minha voz, E a leve até você Talvez eu deva sair correndo batendo os braços. Talvez ele me leve até você Mas pássaro não sou Se pássaro fosse Com essa vontade que me enche o coração voaria por todo atlântico E se preciso mergulharia o mediterrâneo pra ver esses olhos brilharem com meus próprios olhos. Eu fechei a janela e as cortinas, apaguei as luzes. Sou apenas mais um jovem apaixonado descobrindo Que o que eu quero nem sempre estará ao meu alcance. Vou dormir na esperança de que um dia eu lhe alcance. Na esperança de que o vento que passou aqui chegue até você.